Link para o video: A morte da crítica na CCXP e a falsidade entre nerdolas e lacrolas

No seu último vídeo falando sobre a CCXP, e a participação dos comunas no evento, bem como a ausência dos direitosos nele, ficou mais do que nunca explícito a posição do sujeito quanto ao comunismo.

Advogando pra si uma posição de crítico verdadeiro, e a presença dos comunas lá como um produto mercadológico meramente, Linck queima sistematicamente pontes com o nosso campo, por vezes destilando anticomunismo barato em seus vídeos shorts e agora neste em seu canal principal.

Ele afirma que na conjuntura do evento, os comunas lá presente atuariam como representantes do sistema, um comunismo como mercadoria nerd, enquanto que ele ou os seus, os “críticos” de verdade ficaram de fora…

Faço esse post numa tentativa de levantar discussões sobre esse sujeito que põem a perder os esforços e avanços dos nossos companheiros, pois mais do que nunca, ele mostrou sua verdadeira posição política, querendo emplacar uma terceira via crítica anticomunista.

É irônico que cheguei ao canal dele por um react do História Cabeluda, e o próprio Linck ao final do vídeo proíbe o react deste vídeo dele, querendo frear ou blindar a resposta comuna que provavelmente viria.

          • AnitaEscAltF4@lemmy.eco.br
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            7 months ago

            Gente ficou longo, sinto muito por isso, mas, tentei resumir, segue aí minha considerações após eu ver o vídeo do QnS:

            vou começar pelo ponto principal e depois vou pro assunto “react”:

            achei a crítica de coerência dele mto rasa pq é pautada na moral e a gente ñ pode contar com moralismo dentro do capitalismo, né…? imagina se eu só pudesse trabalhar em empresas q ñ exploram as pessoas… ñ ia trabalhar e morrer de fome…? é até fácil “usar” o argumento de moralidade dele contra ele próprio e falar que ele, segundo a lógica dele, ñ poderia ter um canal no youtube pq moralmente o Google é bem explorador de mão de obra (questões que alguns ex-funcionários denunciam - assim como em todas as empresas no capitalismo) e que o canal dele gera mais dinheiro para o Youtube continuar nessa lógica e nesse modo explorador. Esse argumento é mto raso, pq se não for a Google ou o CCXP, vai ser outra empresa, a gente precisa é mudar o sistema para que essas explorações e esses problemas deixem de acontecer de fato…

            a única coisa q existe é espaço ñ ocupado, aí ele até tenta rebater isso dizendo q o comunismo é só mais um movimento identitário e tribal, só mais um “nicho”, seria vdd mas ele ignora o fato como comunistas a gente se organiza para destruir o sistema, ñ p/comprar coisinhas q tem o logo (e isso ñ é uma crítica minha viu? pq tá td bem qeremos manifestar isso e comprar, ou produzir. Incomoda qando consumimos foice e martelo né? as pinta se mordem…), nosso objetivo é se reunir e derrubar o rolê, mas p/ gente se reunir as pessoas precisam saber q a nossa tropa existe, p/ saberem q a nossa tropa existe, precisamos estar nos lugares, qm ñ é visto ñ é lembrado, se colarmos só em lugares de esqerda estamos indo só na bolha, precisamos ir para além, então sim, vamos colar nos evento dos nerds, nos eventos q tiver povo e espaço p/ falarmos e isso ñ é uma contradição…

            vamos escovar a contra-pelo então: se a gente ñ pode ir nos eventos pq é errado moralmente, se a gente ñ pode usar a internet (ele fala isso no fim do video), questiono: qm vai ser beneficiado disso? de a gente “se esconder de novo”…?

            eu acho q criticar é altamente necessária e essencial p/ td, mas a crítica pela crítica sem um objetivo norteador, ela é vazia e tem como objetivo acabar com as coisas, me parece muito a linha desse vídeo e da posição do rapaz… honestamente até me parece q ele é anti-comunista c/ esse vídeo, justamente pq ele qer q a gente ñ fale c/ ngm e diz q a gente é só mais um rolê identitário tribal igual qalqer outro se a gente for nos roles espalhar a ideia e agitar; é anti-comunista pq a crítica dele vai mais no sentido de destruir o movimento em vez de fortalecê-lo com críticas “construtivas” ou que aumente nosso alcance…

            agora vamos falar sobre os polêmicos reacts

            acho interessante q sempre volta essa questão do react, né…? (mas eu acho q faz parte e tá td bem!) sempre q se fala desse formato eu percebo q é sempre dizendo q esse formato ñ é válido e quando eu vi há mto tempo atrás no tiktok a galera só fazia caras e bocas, eu concordava, ñ trazia valor nenhum, ñ tinha nenhum conhecimento extra ali, nenhuma informação nova, mas, os reacts dos camaradas que eu acompanho eu vou ter que discordar, e eu queria levantar aqui, algumas questões que eu julgo importante sobre “reacts”:

            1. é um estilo de vídeo q os comunas estão dominando bem, a gente está com um bom desempenho neles de views, inclusive e principalmente furando bolha e nos que ñ furam bolha servem de material de conhecimento pq tem fontes, conceitos e citações importantes para aprofundarmos nossos conhecimentos. Se a gente abandonar esse formato, cês acham mesmo q os vídeos de ensaios do João, Humberto e Gustavo ñ voltariam a ter um número “estabilizado de views”…? Me questiono as vezes, será coincidencia que os vídeos de react que furam bolhas, são os únicos formatos de vídeos que recebem críticas…? Tem ligação isso? Estilo de vídeo que fura bolha vs críticas dizendo q o conteúdo é ruim e que deveria parar…

            2. desfazer e rebater os discursos capitalistas é extremamente necessário e o react é o formato perfeito para isso pq cê pega aquela figura master bombada da internet, pausa no momento que acha mais conveninente e trás um outro ponto sobre aquilo, ou, rebate aquela linha de argumentação que estava sendo feita, aprofunda, fala de dados, fala de livros e de referências históricas que embasam o que cê está contrapondo. Acho isso fundamental para “desconstruir” os mitos do capitalismo e suas ideologias.

            3. o react ao vivo, como os camaradas que eu acompanho fazem, ele é coletivo em comparação com outros formatos de vídeos, a pessoa que está fazendo o react é a que está ali trazendo todo seu conhecimento e aporte teórico e de vida tb, mas, é mto frequente como a galera no chat interage a ajuda a relembrar pontos e contribui pra construção do “react”, no livro Camarada - um ensaio sobre pertencimento político, fala sobre como o estudo deve ser algo feito em coletivo e não de forma individualizante, e no fim, o react pode ser entendido como um meio leve, suave de estudo, mas feito de forma coletiva - não tal como uma sala de aula, evidente, mas mto mais do que um vídeo ensaio por ex.

            4. a gente tem que aprender a usar as coisas para nosso favor, vamos fazer de conta que não sabemos como funciona o tiktok? vai fazer de conta que ñ sabe como funciona o algorítmo do youtube só para não se aproveitar disso e fazer com que nosso conteúdo dispute e chegue em mais pessoas para além das pessoas dos nossos campos…? ñ dá pra ficarmos esperando 100 anos para uma revolução no Brasil, Jones está certíssimo! temos que nos organizar em coletivos e fazer o rolê pra nós tb! vamos ver o comunismo? esse realmente ñ, mas um socialismo no Brasil ñ é impossível! Mas pra isso temos que usar todas as ferramentas necessarias, Lenin dizia para disputar as eleições burguesas ñ é sobre ganhar, é sobre chegar em mais pessoas, react é estilo de vídeo que mais chega nas pessoas pq o yt entrega mais e pq por hora as pessoas fora do nosso campo mais gostam de ver.

            5. é simples fazer react, cê ñ precisa fazer um roteiro, vc pega um vídeo e produz em cima, então cê consegue aumentar o número de produção de vídeo e o yt gosta disso, ele recomenda mais os canais que publicam com uma frequencia certinha do que os que publicam em dias alternados. E mesmo assim, ñ é td mundo q consegue fazer react, é um formato mto difícil, só quem tem mto conhecimento consegue costurar os assuntos e trazê-los com uma relavância, uma boa crítica, se ñ fica um react mto vazio, mto sem nada a agregar, isso precisa de mta bagagem teórica tb.

            Ah mas os comunistas podiam fazer outros estilos e não apenas react, em geral, eles até fazem o Gustavo andou há um tempo atrás fazendo uns vídeos ensaios, o João faz outros estilos de vídeo com bastante frequencia, não chega a vídeo ensaio, mas faz outros estilos, o Humberto Matos possui muitos vídeos em outros formatos, inclusive explicando as questões econômicas, então, os canais não estão 100% dedicados a reacts, mas estão sim, grandes partes.

            Ah mas eu não gosto desse estilo, beleza, tranquilo camarada, vida que segue existem muitos outros youtubers comunista que fazem vídeos ensaios: tempero drag, jones manoel, história pública, guerra patriotica, etc, etc, temos mó galera produzindo e ocupando os espaços e a gente precisa ir para além do virtual e começar a ocupar eventos, ñ só manifestações, e devemos ocupar: todo espaço que nos derem, deve ser bem utilizado…

            Voltando ao vídeo: quando o chat vota para fazer react em cima do video do QnS (ou etc), a gente quer ver a pessoa do react, ñ o QnS, então o argumento dele tá ruim sobre o react, enfim ele apresentou uma lista de pessoas que fazem react mas aquela lista ñ é real, o ian tá lá, ian ñ faz react, a proposta do canal do luíde é outra, ele faz react sim, o humberto é professor, ñ vive exclusivamente de monetização dos vídeos - e mesmo se vivesse, comunista precisa sobreviver no sistema capitalista, então assim, achei o argumento dele meio fraco tb, e tudo sempre com uma leve pitada de anti-comunismo, né…? foi assim que me pareceu…

  • RePop@lemmy.eco.br
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    7 months ago

    Resumo para leitores:

    Linck criticou a arena/meio/paradigma/dispositivo em que se batalha, e poder dos agentes, incluindo o dos crítico, não tem medo de “brigarem” com “frear a blindagem comunista” (?), ele só não gosta de react mesmo, e faz sentido. Ele usa como argumentação também Marx, usa um método e visão marxista para analisar o conflito de fora. Sugiro que o postador não tenha percebido a diferença entre geral (comunismo) e específico (os condicionados na CCXP).

    Acho que o postador não tentou¹ ouvir o vídeo, só ficou com âmago afetado por ter recebido críticas que nem foram a ele/ela

    1: não gosto desse termo, sou determinista, perdão

    Texto completo:

    Você não entendeu o vídeo, nem o Linck, e quer pôr sua visão polarizada sobre o assunto. Só vou ressaltar 3 pontos errados:

    Atuariam como representantes do sistema

    Não intencionalmente, claro, mas por limitação do meio, ou como ele e outros filósofos chamam, paradigmas e dispositivos. E realmente o meio da CCXP não é feito para isso, é mais fácil comuna ganhar espaço (ser ouvido de fato) no Facebook do que lá. Ele nem crítica a batalha comunista no geral, ele foca mais no caso CCXP

    Os “críticos” de verdade ficaram de fora.

    Não por escolha, mas pela CCXP não convidar esses. Mas ele mesmo diz, que do ponto de vista da CCXP, eles deveriam convidar os críticos, porque a CCXP ia ganhar com isso, e o efeito dos críticos ia ser ou ia ser próximo de nulo, do mesmo jeito dos comunas.

    Linck ao final do vídeo proíbe o react deste vídeo dele querendo frear ou blindar a resposta comuna que provavelmente viria.

    'Cê sabe o que o Linck acha de reacts, né? E de “brigas”? Quer brigar com ele, ele sabe que tá ibope, pelo meio / paradigma / dispositivo YouTube e outras redes sociais predatórias de conteúdo, não porque ele quer ser chamatório, mas porque o YouTube dá muito mais visibilidade a esse tipo de conteúdo. Ele nem tenta arranjar briga, se você ver o vídeo, ele faz uma análise por fora (isso não era uma coisa de Marx?). Ele só faz os vídeos chamativos para ter alguma visibilidade, ele mesmo diz que já queria fazer títulos mais humanos. Outro ponto é que ele nunca teve medo de expôr sua posição política.

    Dizer que o vídeo / Linck é anticomunista porque critica a posição (localização/poder, não ideais) comunistas num evento super-capitalista, parece ser uma afirmação inviesadamente cega. O Linck faz uma análise de modo e visão marxista, não é porque ele critica os caras da CCXP que ele é anticomunista

    Ele faz uma crítica ao meio e ao poder, não à filosofia comunista

    Acho que te falta também ter percebido a diferença entre geral & específico

      • RePop@lemmy.eco.br
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        7 months ago

        Eu não quis dar muito minha opinião, apesar que claro, é inevitável (quanto % de determinismo é o texto?). Eu basicamente só falei o que o vídeo já diz, com outras palavras, porque difere da publicação. Não acho que eu sou capaz de argumentar 100% sobre o assunto, não sei muito, argumentei mais os termos, do que o debate em si (adicionando o termo mais comum ‘meio’, para ver se pega a ideia mais fácil). Acho que o ponto que mais me atrai na argumentação do Linck é o fato da CCPX ser um mercado gigante, não é uma cidade onde há parque, hospitais, escolas, onde o contexto comunitário faça sentido, não, é o ápice do capitalismo em ambiente.

  • Zé Andarilho@meetiko.org
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    7 months ago

    @doidera@lemmy.eco.br pensei em comentar sobre isso ontem, mas sei lá, acho que o principal problema do Linck é que ele prefere ser chato pra caralho, tão chato que até quando tem um fundo de razão, quem vê perde a vontade de concordar com ele. Eu meio que concordo com o vídeo dele em parte, apesar de achar que os comunistas serem vistos e ouvidos tem mérito, e tem sua função, apesar de que pra mim um evento como a ccxp é de fato um bagulho feito pelo capitalismo pra louvar uma cultura que tem tudo de pior que se possa imaginar. Os resultados que você tem indo aí são meio questionáveis. Mas também, os caras terem sucesso é bom né? Eles estarem lá, com a galera escutando o que eles tem a dizer é bom, né?